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A troca de mensagens em um site de
relacionamento da internet entre dois adolescentes trouxe à
tona o estupro de uma menina de 13 anos, em Florianópolis, Santa
Catarina. O crime aconteceu há 40 dias, mas a confissão
do jovem de 14 anos, suspeito de ser um dos estupradores, foi o estopim
para a história se espalhar pela cidade.
O jovem, que confirmou o estupro pela internet, é filho de Sérgio Sirotsky, diretor da RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação), que controla jornais, rádios e as emissoras de tevê afiliadas da Rede Globo
em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além dele, outros dois
adolescentes, um filho de um delegado da cidade e outro não
identificado também teriam participado do estupro.
A assessoria da RBS informou que Sirotsky não vai se pronunciar sobre o assunto.
Em depoimento à
polícia, a menor estuprada disse que foi ao apartamento do filho
de Sirotsky no início da noite. No local, ela e dois
adolescentes começaram a beber. A jovem confirmou que bebeu
vodka e que depois não lembra de mais nada. Ela suspeita que os
amigos colocaram algum sonífero em sua bebida. O estupro teria
acontecido no quarto do jovem com a menina inconsciente.
As investigações foram
encerradas na semana passada e encaminhadas à Justiça. A
delegada que cuidou do caso preferiu não fazer
declarações.
O criminalista Marcos Soares disse que a pena para este tipo de delito cometido por adolescente é elevada.
- Não é uma pena, mas uma
medida sócio-educativa, que deverá ser uma
internação de no máximo três anos.
Os diálogos
Na conversa com o amigo pela internet,
além de confirmar a agressão, o filho de Sirotsky ainda
faz ameaças. Perguntado pelo colega se “estuprar
está na moda”, o adolescente usa uma expressão
vulgar e dar a entender que faz isso com quem quiser.
Durante a conversa, ele é
questionado se não tem medo de ser preso. Certo da impunidade, o
filho de Sirotsky diz: “tu tá zoando”, ou seja faz
pouco caso do Justiça brasileira.
É a primeira vez que a RBS
é envolvida na disputa feroz entre Globo e Record. Invocar o
Estatuto da Criança e do Adolescente, como justificativa para
não noticiar o episódio, ficou sem sentido.
A direção da empresa
liberou os editores para abordar o assunto, nos limites do ECA, mas
até agora ninguém se atreveu.
A saia é muito justa. O
depoimento dos dois menores acusados, marcado para sexta-feira, 9, vai
manter o caso nas manchetes.
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