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mundo de noticias
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10:32
O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes
Souza, 25, afirmou à equipe da Polícia Civil de Minas que
foi buscá-lo no Rio de Janeiro que não tem dúvidas
de que o bebê de cinco meses filho de Eliza Samudio, 25, é
também filho dele.
Segundo um integrante da polícia
mineira que estava no voo para Belo Horizonte, na noite de
quinta-feira, Bruno, ao ser questionado sobre o porquê de
não ter feito o exame de DNA, que atestaria a paternidade, disse
que não tinha dúvidas e que o bebê era a cara dele.
O goleiro negou ter se recusado a fazer o exame. Conforme relatado à Folha por um dos ocupantes do avião, Bruno disse que foi ele quem quis fazer o exame, mas Eliza não.
Porém, foi ele quem se recusou a fornecer material genético à Justiça do Rio. Bruno está preso temporariamente por 30 dias, suspeito de envolvimento no desaparecimento da ex.
Porém, foi ele quem se recusou a fornecer material genético à Justiça do Rio. Bruno está preso temporariamente por 30 dias, suspeito de envolvimento no desaparecimento da ex.
Além de Bruno, outras sete
pessoas estão presas e um adolescente, seu primo, está
apreendido no Rio. O advogado Ércio Quaresma, que representa
Bruno, o amigo e funcionário Luiz Henrique Ferreira
Romão, o Macarrão, Dayanne Souza (mulher de Bruno) e
outros três envolvidos no caso, afirmou que vai pedir nesta
segunda-feira habeas corpus para os suspeitos.
Eliza está desaparecida desde o
início de junho e, segundo dois primos do goleiro, que
estão presos, ela foi morta em Minas. Apesar disso, o corpo
não havia sido encontrado até esta segunda-feira. O filho
de Eliza está sob a guarda da avó materna, que vive no
mato Grosso do Sul.
O advogado Ércio Quaresma Firpe
deve entrar hoje (12) com pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno
Fernandes, 25, e outras cinco pessoas acusadas de participar do
sequestro e da morte da ex-amante do jogador, a estudante paranaense
Eliza Samudio, também de 25. Ele disse que planeja contratar
peritos criminais e advogados especializados em questões
trabalhistas e de direito de imagem para montar sua defesa.
Quaresma contesta dois pontos levantados
pela investigação da polícia mineira: o depoimento
do adolescente J., de 17 anos, primo de Bruno, e a ausência de
sangue na casa onde Eliza teria sido asfixiada até a morte.
“O menor fala que deram um pedaço do corpo da
vítima para os cachorros comerem. Desde quando carne humana faz
parte da dieta alimentar de um rotweiller?”, pergunta o advogado.
“Sou amigo do Paulista (Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar a estudante e esconder o
corpo). Ele trabalha com treinamento de animais. Você pode
colocar um filé mignon na frente de um cão treinado que
ele não come”, afirma. O defensor de Bruno acha que
é necessário elaborar um novo laudo técnico para
mostrar se há ou não sangue na cena do crime e se esse
sangue é de Eliza.
A defesa de Bruno também
está preocupada com a divulgação de fotos do
jogador com o uniforme de presidiário e de sua vida pessoal.
“Qual o objetivo disso, além de execrar o ser humano? Vou
chamar um advogado que entende de direito de imagem para avaliar
isso”, prometeu Quaresma. Ele também criticou a
exposição que a imprensa fez da tatuagem que Luiz
Henrique Romão, o Macarrão, braço-direito de
Bruno, tem nas costas.
Perícias
A expectativa é de que durante
esta semana sejam divulgados dados periciais importantes para a
investigação. O Instituto de Criminalística (IC)
da Polícia Civil procura evidências do crime analisando a
movimentação da Range Rover de Bruno, por meio de dados
já requisitados do GPS do veículo.
O primeiro mapeamento enviado por uma
seguradora paulista não constava o período de 1º a 8
de junho, o que levou a polícia mineira a fazer nova
requisição. As informações são
mantidas sob sigilo, mas a análise do GPS indica que caminhonete
de Bruno circulou pelas cidades de Esmeraldas, Betim, Ribeirão
das Neves e Contagem, todas na região metropolitana, no dia 9 de
junho, data em que a polícia acredita que Eliza tenha sido
assassinada.
Com o relatório, será
possível verificar o trajeto do veículo no período
investigado e o tempo em que ficou em cada local. “Essas cidades
são muito próximas umas das outras”, observou o
diretor do IC, Sérgio Ribeiro. “Não temos os dados
ainda.”
O instituto também deverá
finalizar a perícia no Citroen de Bola, onde foram encontrados
vestígios de sangue, e em um EcoSport que teria sido usado para
levar o grupo ao local do assassinato. Em busca de provas, o IC analisa
ainda o conteúdo do laptop utilizado por Eliza.
Durante o fim de semana, os trabalhos de
investigação da polícia foram mantidos em segredo
e praticamente não houve movimentação no
Departamento de Investigação, na capital.
Suposto executor tem ligações suspeitas com a polícia
O principal suspeito de assassinar e
ocultar o corpo de Eliza Samudio, Bola foi identificado no ano passado
pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de
Minas como um homem “programado para matar” e cujos
serviços costumavam ser requisitados por policiais.
De acordo com o presidente da
Comissão, deputado Durval Ângelo (PT), embora tenha sido
excluído em maio de 1992, Bola se apresentava como policial
civil e mantinha “muitos tentáculos” na
corporação até ser preso na noite da última
quinta-feira.
Esta semana, a Comissão
cobrará formalmente agilidade da Corregedoria-Geral de
Polícia Civil nas investigações que apuram a
denúncia sobre a atuação de uma suposta
organização de extermínio no Grupo de Respostas
Especiais (GRE). O esquema foi levado pelo então inspetor do
GRE, Júlio Monteiro, à Comissão, que o denunciou
à Corregedoria em maio de 2009.
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