VISITAS
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, seu
amigo e funcionário Luiz Henrique Ferreira Romão –
conhecido como Macarrão – e o ex-policial Marcos Aparecido
dos Santos – conhecido como Bola ou Paulista – deixaram
nesta manhã de sexta-feira (9) o presídio Nélson
Hungria, de segurança máxima, em Contagem (região
metropolitana de BH), onde passaram a madrugada. Eles são
aguardados no Departamento de Investigações da
Polícia Civil de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para uma
possível coleta de material para a realização de
exame de DNA.
Entretanto, o advogado Ércio
Quaresma Firpe, que representa Bruno e Macarrão, afirmou a
jornalistas nesta sexta-feira que não vai permitir que seus
clientes realizem qualquer tipo de exame ou prestem depoimento hoje.
“Eles só vão depor e fazer exame quando eu achar
conveniente, quando eu tiver acesso ao inquérito”,
afirmou. Os suspeitos não são obrigados a fazer esse
exame, e a polícia não pode obrigá-los a fazer.
Segundo o advogado dos suspeitos, ele
está sendo feito de “idiota” pela polícia
mineira, e reafirmou que nada será feito até que tenha
uma cópia do inquérito e estude todo o processo.
Por sua vez, Gustavo Fantini, promotor
de Justiça que está acompanhando o caso, disse que
“existe a previsão legal de que o inquérito possa
ser sigiloso. Quanto a liberação ou não de copias
deste inquérito, é algo que fica a critério da
Justiça e a critério da autoridade judicial. Nós
vamos analisar isso”. Fantini disse ainda que, até o
momento, “existem provas fortes” da
participação de todos neste crime.
Grupo de advogados de defesa
Quaresma disse que vai compor um grupo
de pelo menos cinco advogados para defender o grupo de suspeitos no
caso do desaparecimento da ex-amente do goleiro Bruno, Eliza Samudio.
Além de Bruno e Macarrão, ele defende a mulher de Bruno,
Dayanne de Souza, Wemerson de Souza, o “Coxinha”, Flavio
Caetano de Araújo e Elenilson Vitor da Silva.
Os dois advogados de Bola, suspeito de
ser o executor da morte de Eliza, anunciaram na madrugada de hoje que
desistiram de representar o cliente. Segundo Quaresma, Bola pediu a ele
que fizesse também sua defesa, mas o pedido foi negado.
“Ele me abraçou, chorou e pediu socorro. Eu decidi indicar
um advogado para ele”, disse.
Quaresma afirmou também ter
conversado com Bruno ontem à noite. “Eu perguntei a ele se
ele queria que eu o representasse, e ele me disse que sim. Eu perguntei
também se ele teria sido o mandante do crime e se ele teria
participado. Ele negou.”
Sobre Dayanne, que está na
penitenciária feminina Estevão Pinto, em Belo Horizonte,
presa em uma cela individual desde quarta-feira (7) depois de sofrer
ameaças de outras detentas, Quaresma afirmou que ainda hoje um
advogado de seu grupo irá visitá-la.
Transferência
A autorização para a transferência de Bruno e Macarrão do Rio para Minas foi concedida ontem (8) pelo juiz Jorge Luís Le Cocq D’Oliveira, titular da 38ª Vara Criminal da Capital. A transferência foi autorizada após pedido do TJ de Minas. “No sentido que o crime de sequestro é conexo com o homicídio, a competência é do Tribunal do Júri de Contagem (MG)”, afirmou o magistrado.
A autorização para a transferência de Bruno e Macarrão do Rio para Minas foi concedida ontem (8) pelo juiz Jorge Luís Le Cocq D’Oliveira, titular da 38ª Vara Criminal da Capital. A transferência foi autorizada após pedido do TJ de Minas. “No sentido que o crime de sequestro é conexo com o homicídio, a competência é do Tribunal do Júri de Contagem (MG)”, afirmou o magistrado.
Os suspeitos deixaram o presídio
de Bangu 2, onde estavam presos, por volta das 20h30 de ontem e
decolaram do aeroporto Santos Dumont às 21h45. Um avião
da polícia mineira estava aguardando os suspeitos no aeroporto
desde quarta-feira.
Eles chegaram em Minas por volta das
23h, e seguiram para o Departamento de Investigações da
Polícia Civil de Minas Gerais. Muitos curiosos aguardavam a
chegada dos acusados, que foram recebidos aos gritos de
“assassino” e “monstro”. Enquanto
Macarrão entrou com o rosto coberto, Bruno manteve a
cabeça erguida. Eles não estavam algemados. O
delegado Edson Moreira pretende ouvi-los e fazer uma
acareação entre os envolvidos, mas a data para que isso
ocorra ainda não foi confirmada.
Bruno, Macarrão e Bola a
delegacia até por volta da 1h45, quando seguiram para o
Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de
delito. Após passarem boa parte da madrugada lá, seguiram
para o presídio Nélson Hungria, de segurança
máxima, em Contagem (Região Metropolitana de BH).
Buscas são retomadas
O Corpo de Bombeiros de Minas retomou nesta manhã as buscas do corpo de Eliza.Segundo a Polícia Civil, as buscas estão concentradas no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), e nas proximidades da residência. Ao todo, quatro equipes estavam no local por volta das 10h.
O Corpo de Bombeiros de Minas retomou nesta manhã as buscas do corpo de Eliza.Segundo a Polícia Civil, as buscas estão concentradas no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), e nas proximidades da residência. Ao todo, quatro equipes estavam no local por volta das 10h.
Em depoimento, dois suspeitos afirmaram
que Eliza, que está desaparecida desde o início de junho,
está morta.
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